Cantor, que se separou recentemente, fala da rotina de pai solteiro, da relação com as filhas e diz que sonha em montar um ‘time de vôlei’.
Talvez
Dudu Nobre fique sem presente neste domingo, 8, Dia dos Pais. Olívia, 8, e Thalita, 7, andam protestando que o pai está pisando na bola. Que, quando as coloca de castigo, não as deixa jogar Nintendo DS ou então ficar sentadinha em frente à TV refletindo sobre a vida.
“Aí é mole, né, cumadre? Aí não é castigo”, diz ele com seu jeito peculiar e já tentando reverter a situação. “Mas nem se papai fizer churrasco? Não rola um presentinho?”, brinca.
A cena reflete bem o tipo de pai que é Dudu Nobre: brincalhão, amoroso, mas que não abre mão de sua autoridade na hora de educar as filhas. “Sou pai, não sou o amigo da rua. O que eu falo tem que ser respeitado. Criar filho como se fosse amigo, não dá. Quando você precisar exercer sua autoridade, não tem”, diz ele que anda mais babão com as filhas por conta de sua separação. Desde abril desse ano,
quando se separou efetivamente de
Adriana Bombom, ele não mora mais com as meninas. A dissolução do casamento trouxe conflitos entre o ex-casal que acabou indo parar na justiça. Segundo o cantor, a ex-mulher não estava deixando ele visitar as filhas. Dudu resolveu brigar na justiça para ter seu direito de visitação garantido e agora quer a guarda definitiva das filhas.
“Não posso ficar dois meses sem ver minhas filhas. Sou pai e quero exercer esse direito”, diz ele que falou sobre o assunto, contou que quer te mais filhos e que tem que tomar cuidado com o que sai sobre ele na internet para não levar dura das meninas. “No outro dia a Olívia veio me perguntar se eu tinha um novo amor. Tive que rir”, conta. Confira mais no papo abaixo.
EGO: Você é músico e tem uma rotina complicada. Consegue ter uma rotina com as meninas? DUDU NOBRE: É difícil estabelecer rotina com elas. Como viajo muito, fica complicado. Já fiquei um mês viajando, longe delas. Nessa hora, fico no telefone direto. Mas quando estou por aqui, a gente anda de bicicleta, vai para a patinação no gelo ou passear no shopping. Thalita gostava muito de andar de moto comigo, mas vendi a moto. É muito perigos.
Como ficou sua vida com elas depois da separação? Quando me separei, por causa da minha vida profissional, acertei que não teria dia certo para vê-las, pegaria sempre que pudesse. Mas a coisa complicou. Ainda estamos nos vendo pouco, estou sem acesso a elas. Mas quando tenho, tento fazer tudo correndo. A gente vai andar de kart, vai fazer compras no shopping. São dois, três dias de atividade intensa(risos).
O que cada uma tem de parecido contigo?
A Olívia é mais intelectual. Se bem que é isso é muito de momento. Às vezes, a Thalita fica mais reflexiva. Quando elas chegam, tem um momento de adaptação porque chegam na velocidade da mãe. Tento passar essa coisa de ser pai, não sou o amigo da rua. O que eu falo tem que ser respeitado. Quando vamos em uma loja de brinquedo, aviso logo: ‘Vamos lá, mas não quero manha, não quero bagunça e é para pegar um só’. Quando elas chegam, o vendedor até ri, achando que vai fazer a festa, mas já estão doutrinadas de casa. Ser pai não é só botar no mundo. É dar educação, cobrar na hora que tem que cobrar. A Thalita tem a coisa musical também. No outro dia conseguiu reproduzir um arranjo direitinho, com todas as notas no lugar.
Pensa em ter mais filhos?
Queria muito ter um menino porque na minha família, todo menino recebe o nome de João Eduardo. Meu pai era, eu sou, meu bisavô também. Queria levar essa tradição à frente (risos). Quando vi a ultra-sonografia da Olívia, que era menina, comecei mentalizar o que era ser pai de menina. Filho a gente cria para o mundo. Não adianta eu dizer que não vai namorar, que ela vai lá e namora. Função de pai é dar ombro. Procuro orientá-las da melhor maneira possível, mas estou aqui para dar ombro. Claro que tenho um ciúminho básico (risos). Para mim, elas sempre vão ser minhas princesinhas, meu tesouro. Mas estão sendo criadas para o mundo.
Mas pensa em concretizar o projeto ‘João Eduardo’?
Meu projeto era de ter meia dúzia. Quero ter mais filho, sim. Se rolar um menino, ótimo. Se não, a gente monta um time de vôlei feminino mesmo (riso).
A separação afetou sua relação com as meninas?
Antes, elas tinham um convívio diário. Agora elas têm mais vontade de expressar o carinho delas. Já chegam aqui em casa fazendo bagunça, me agarrando. Tenho muito cuidado, converso muito com elas. Por exemplo, já estou em outro relacionamento, mas elas não conhecem a Priscila ainda. Viram na semana passada só, e mesmo assim de longe. Tento tomar muito cuidado com a cabecinha delas. Elas entram na internet e digitam Dudu Nobre e veem tudo o que sai sobre mim. Outro dia, a Olívia veio me perguntar: “Papai, você já tem um novo amor?” Tive que rir. Mas contei que estava conhecendo uma pessoa. Ela quis sabe se eu gostava dela? Disse que sim e que ela estava fazendo o papai feliz. Já conversou com elas sobre a possibilidade delas voltarem a morar com você? Acho que tem coisas que não tem que falar. Já conversei com elas, mas de uma maneira muito superficial. Não quero expor uma briga minha com Adriana na justiça. Digo que tem a casa da mamãe e do papai e que elas vão pode ficar aqui também. Que não posso ficar dois meses sem vê-las.